Score de sintomas, peak flow nasal e rinometria acústica na rinite alérgica

Autores

  • Gisela Calado Interna do Internato Complementar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Graça Loureiro Assistente Hospitalar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carmelita Ribeiro Interna do Internato Complementar de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Daniel Machado Assistente Hospitalar Eventual de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Carla Gapo Assistente Hospitalar de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • António Segorbe Luís Director de Serviço de Imunoalergologia - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • António Diogo Paiva Director de Serviço de Otorrinolaringologia - Serviço de Otorrinolaringologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.130

Palavras-chave:

correlação, factor de congestão, peak flow nasal inspiratório, rinometria acústica, score de sintomas

Resumo

Objectivos: Comparar o score de sintomas, peak flow nasal inspiratório (PFNI) e rinometria acústica (RAC) na monitorização terapêutica da rinite alérgica (RA) e avaliar a existência de correlação entre eles.

Material e Métodos: 11 doentes com RA foram avaliados por score de sintomas, PFNI e RAC antes e após 1 mês de tratamento com corticóide intranasal. As avaliações foram realizadas antes e após descongestão nasal nos dois tempos. Calculou-se o Factor de Congestão (FC) e foi feita a análise estatística dos resultados.

Resultados: Dos 11 doentes (26,5 ± 4,6 anos, 63,6% do sexo feminino), 90,9% apresentavam alterações anatómicas à rinoscopia anterior e 63,6% estavam polisensibilizados. Apesar de se ter observado uma correlação inversa entre o score de sintomas e a RAC (ASTm e volume) e entre o score de sintomas e o PFNI, bem como uma correlação directa entre a RAC e o PFNI, estas não tiveram significado  estatístico. Observou-se correlação linear entre o FC-ASTm e o FCvolume em T0 (p=0,038) e T1 (p=0,005), ausente quando avaliados de forma estática.

Conclusões: A ausência de correlação significativa entre os métodos poderá dever-se à complexidade da percepção subjectiva da obstrução nasal e à avaliação de diferentes parâmetros da obstrução. Na prática clínica o score de sintomas é um bom método de avaliação da RA. O tamanho e as características da amostra poderão ter condicionado os resultados.

Referências

Corey JP, Gungor A, Nelson R, Fredberg J, et al. A comparison of the nasal cross-sectional áreas and volumes obtained with acoustic rhinometry and magnetic resonance imaging. Otolaryngol Head Nech Surg. 1997;117:349-54.

Min YG, Jan YJ. Measurements of cross-sectional area of the nasal cavity by acoustic rhinometry and CT scanning. Laryngoscope.1995;105:757-9.

Corey JP,Nalbone VP, Ng BA. Anatomic correlates of acoustic rhinometry as measured by rigid nasal endoscopy. Otolaryngol Head Neck Surg. 1999;121:572-6.

Lam DJ, James KT, Weaver EM. Comparison of anatomic, physiological and subjective measures of the nasal airway. Am J Rhinol. 2006;20(5):463-70.

Fairley JW, Durham LH, Ell SR. Correlation of subjective sensation of nasal patency with nasal inspiratory peak flow rate. Clin Otolaryngol. 1993;18:19-22.

Gomes Dde L, Camargos PA, Ibiapina Cda C, de Andrade CR. Nasal peak inspiratory flow and clinical score in children and adolescents with allergic rhinitis. Rhinology. 2008 Dec;46(4):276-80.

Nathan RA, Eccles R, Howarth PH, Steinsvag SK, et al. Objective monitoring of nasal patency and nasal physiology in rhinitis. J Allergy Clin Immunol 2005;115:S442-59.

Bousquet J, Khaltaev N, Cruz AA, Denburg J, et al. Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) 2008 update (in collaboration with the World Health Organization, GA(2)LEN and AllerGen). Allergy. 2008; 63(suppl 86):8-160.

Dreborg S, Frew A. Position Paper: allergen standardization and skin tests. The European Academy of Allergology and Clinical Immunology. Allergy. 1993; 48(Suppl 14):49-54.

Linder A. Symptom scores as measures of the severity of rhinitis. Clin Allergy. 1988; 18: 29-37.

Clement PA, Gordts F. Consensus report on acoustic rhinometry and rhinomanometry. Rhinology. 2005;43:169-79.

Wilson AM, Sims EJ, Orr LC, Coutie WJ, et al. Effects of topical corticosteroid and combined mediator blockade on domiciliary and laboratory measurements of nasal function in seasonal allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2001;87:344-9.

Wihl JA, Malm L. Rhinomanometry and nasal peak expiratory and inspiratory flow rate. Ann Allergy. 1998; 61:50-5.

Kesavanathan J, Swift DL, Fitzgerald TK, Permutt T, et al. Evaluation of acoustic rhinometry and posterior rhinomanometry as tools for inhalation challenge studies. J Toxicol Environ Health. 1996;48:295-307.

Uzzaman A, Metcalfe D, Komarow HD. Acoustic rhinometry in the practice of allergy. Ann Allergy Asthma Immnol. 2006;97:745-52.

Kjaergaard T, Cvancarova M, Steinsvag SK. Does nasal obstruction mean that the nose is obstructed?Laryngoscope. 2008;118(8):1476-81.

Marais J, Murray JA, Marshall I, Douglas N, et al. Minimal cross-sectional areas, nasal peak flow and patients satisfaction in septoplasty and inferior turbinectomy. Rhinology. 1994;32:145-7.

Ahmann M. Nasal peak flow rate records in work related nasal blockage. Acta Otolaryngol. 1992;112:839-44.

Morrissey MS, Alun-Jones T, Hill J. The relashionship of peak inspiratory airflow to subjective airflow in the nose. Clin Otolaryngol. 1990;15:447-51.

Hilberg O, Grymer LF, Pedersen OF. Spontaneous variations in congestion of the nasal mucosa. Ann Allergy Asthma Immunol. 1995;74:516-21.

Kjaergaard T, Cvancarova M, Steinsvag SK. Relation of nasal air flow to nasal cavity dimensions. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2009;135(6):565-70.

Kjaergaard T, Cvancarova M, Steinsvag SK. Nasal congestion index: A measure for nasal obstruction. Laryngoscope. 2009;119(8):1628-32.

Baraniuk JN. Subjective nasal fullness and objective congestion. Proc Am Thorac Soc. 2011;8(1):62-9.

Roithmann R, Cole P, Chapnik J, Barreto SM, et al. Acoustic rhinometry, rhinomanometry, and the sensation of nasal patency: a correlative study. J Otolayngol. 1994;23:454-8.

Downloads

Como Citar

Calado, G., Loureiro, G., Ribeiro, C., Machado, D., Gapo, C., Segorbe Luís, A., & Paiva, A. D. (2012). Score de sintomas, peak flow nasal e rinometria acústica na rinite alérgica. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 50(1), 21–25. https://doi.org/10.34631/sporl.130

Edição

Secção

Artigo Original