Disfonia Geriátrica: quais os diagnósticos mais frequentes?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34631/sporl.1051

Palavras-chave:

Geriatria, Disfonia, Presbifonia, Presbilaringe, Refluxo

Resumo

Introdução: O declínio vocal associado ao envelhecimento afeta a capacidade de comunicação, particularmente nos idosos, predispondo-os a isolamento social e introversão. Torna-se, portanto, importante o melhor conhecimento da magnitude da disfonia na população geriátrica e quais as alterações associadas a este sintoma.

Objetivo: determinar a prevalência da disfonia nos idosos referenciados dos cuidados de saúde primários à consulta de otorrinolaringologia e quais os principais achados laringoscópicos associados. 

Métodos: O presente estudo retrospectivo incluiu todos os doentes com idade igual ou superior a 65 anos, referenciados dos cuidados de saúde primários ao departamento de otorrinolaringologia durante os anos de 2019 e 2020. Doentes sem relatório de laringoscopia e gravação da mesma foram excluídos. 

Resultados: Um total de 1304 doentes foi incluído neste estudo, sendo os sintomas oto-neurológicos a principal causa de referenciação (65%, n= 852), seguindo-se os sintomas faringo-laríngeos (17%, n=220) e sintomas nasais (13%, n=167). O achado mais frequente foi a existência de refluxo faringo-laríngeo (44.81%, n=82), Presbilaringe ((21.31%, n=39), parésia ou paralisia das cordas vocais (5.46%, n=10) e pólipo das cordas vocais (5.46%, n=10).

Conclusões: Este estudo cimenta a disfonia como uma das principais queixas otorrinolaringológicas entre os idosos, enaltecendo a importância de uma maior e melhor preparação para a avaliação e acompanhamento dos doentes idosos que se apresentam com disfonia, reconhecendo o impacto e implicações que esta alteração acarreta para a vida diária dos doentes idosos.

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Publicado

18-12-2022

Como Citar

Serdoura Alves, C., Santos, M., Azevedo, S., Casanova, M., Lino, J., & Meireles, L. (2022). Disfonia Geriátrica: quais os diagnósticos mais frequentes?. Revista Portuguesa De Otorrinolaringologia-Cirurgia De Cabeça E Pescoço, 60(4), 355–361. https://doi.org/10.34631/sporl.1051

Edição

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Artigo Original